Educação infantil
A educação infantil, educação pré-escolar ou educação pré-primária consiste na educação das crianças
antes da sua entrada no ensino obrigatório. É ministrada normalmente no
período compreendido entre os zero e os cinco anos de idade de uma
criança. Neste tipo de educação, as crianças são estimuladas - através
de atividades lúdicas e jogos - a exercitar as suas capacidades motoras e cognitivas, a fazer descobertas e a iniciar o processo de alfabetização.
Internacionalmente, a educação infantil ou pré-escolar corresponde normalmente o nível 0 definido pela ISCED. Contudo, em alguns sistemas educativos,
este tipo de educação pode incluir a que é ministrada a crianças de
idade inferior a três anos, portanto a um nível inferior ao do ISCED 0.
A educação infantil ou pré-escolar é ministrada em estabelecimentos educativos de vários tipos como berçários, creches, pré-escolas, jardins de infância, infantários ou jardins-escola.
Origem da educação infantil no Mundo
O modo de lidar com as crianças na Idade Média era baseado em alguns costumes herdados da Antiguidade. O papel das crianças era definido pelo pai. Os direitos do pai no mundo grego que o pai, além de incluir total controle sobre o filho, incluía também de tirar-lhe a vida, caso o rejeitasse. No mundo germânico, além do poder do pai exercido no seio da família, existia o poder patriarcal, exercido pela dominação política e social. Nas sociedades antigas, o status
da criança era nulo. Sua existência no meio social dependia totalmente
da vontade do pai, podendo, no caso das deficientes e das meninas, ser
mandadas para prostíbulos em lugar de serem mortas, em outros casos, (as
pobres) eram abandonadas ou vendidas. Com a ascensão do cristianismo, o
modo de lidar com as crianças mudou, apesar da mudança ter sido um
processo lento. Maria Montessori foi uma das precursoras do tema.
Educação infantil no Brasil
No Brasil, por volta da década de 1970,
com o aumento do número de fábricas, iniciaram-se os movimentos de
mulheres e os de luta por creche, resultando na necessidade de criar um
lugar para os filhos da massa operária, surgindo então as creches, com
um foco totalmente assistencialista, visando apenas o “cuidar”. Pois
segundo Faria (1999, p.25). Se os anos 70 voltaram-se para a mulher, nos
anos 80, essa mulher voltou-se para as crianças. Foram, em geral, as
feministas intelectualizadas de classe média, e que eram contra a
ditadura, que passaram a pesquisar sobre a infância e assessorar os
governos progressistas que, atendendo às reivindicações populares,
prometeram creches nas suas campanhas eleitorais.[1] .
Só em 1988
a educação infantil teve início ao seu reconhecimento, quando pela
primeira vez, foi colocada como parte integrante da Constituição, depois
em 1990, com o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA, Lei federal 8069/90), entre os direitos estava o de atendimento
em creches e pré-escolas para as crianças até os 6 anos de idade. Pela
primeira vez na história, uma Constituição do Brasil
faz referência a direitos específicos das crianças, que não sejam
aqueles circunscritos ao âmbito do Direito da Família. Também pela
primeira vez, um texto constitucional define claramente como direito da
criança de 0 a 6 anos de idade e dever do Estado, o atendimento em
creche e pré-escola.[2]
(CAMPOS, ROSEMBERG, FERREIRA, 1995, p.17 e18)